Frase do dia

27/05/2007

[Astronomia] Saturno




Vista de Saturno em suas cores naturais, obtidas pela composição de uma série de imagens obtidas pela sonda Cassini-Huygens.



A sonda Cassini-Huygens faz parte de um projeto da Nasa e da ESA (uma agência espacial européia) e tem o intuito de estudar o planeta Saturno e suas luas.
A nave espacial projetada neste projeto consiste de dois elementos principais: a Cassini orbiter e a sonda Huygens. Foi lançada em 15 de outubro de 1997 e até hoje está na órbita de Saturno (desde 1º de julho de 1997).

Uma das luas de Saturno que mais chama atenção os astônomos é a Titan. Utilizando-se de instrumentos de radar, obteram a imagem de sua superfície, revelando canais, ilhas, baías (tipico de litorais terrestres) e um mar (de um líquido composto de metano de etano). Isto mostra que Titan é o objeto do sistema solar, já observado, que se assemelha mais com a Terra.


















Imagens de uma das luas de Saturno, sua superfície e uma visão geral da Titan, respectivamente. (fonte: nasa.gov)

Os principais objetivos da Cassini são:
  1. determinar a estrutura tridimensional e comportamento dinâmico dos anéis;
  2. determinar a composição das superfícies e a história geológica dos satélites;
  3. determinar a natureza e origem do material escuro do hemisfério dianteiro de Iápeto.
  4. medir a estrutura tridimensional e comportamento dinâmico da magnetosfera.
  5. estudar o comportamento dinâmico das nuvens de Saturno;
  6. estudar a vulnerabilidade temporal das nuvens e a meteorologia de Titã;
  7. caraterizar a superfície de Titã a uma escala regional.
(fonte: pt.wikipedia.org)

[Física] Vida de elétron

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Em meio a uma camada de valência em uma nuvem eletrônica, alguns elétrons conversam para passar o tempo.

- Este lugar está muito chato. Não há nada para fazer.

- Concordo - respondeu outro elétron -Isto aqui é uma prisão. Deviam acabar com essas malditas camadas de valência.

Um terceiro elétron entra na discussão:

- Pois eu logo vou sair daqui. Aposto todo dia na loteria eletrônica e pretendo ganhar um fóton altamente energético. Com ele vou dar um salto quântico e me tornar um elétron livre.

O primeiro elétron, esboçando um sorrisinho de deboche, rebate:

- Vã esperança. Você sabe bem que o tunelamento quântico é muito difícil de acontecer.

Ouvindo a conversa acirrada dos colegas, um velho elétron, segurando sua bengala, que com dificuldade mantinha seu spin alinhado, esbanjando sabedoria intervém:

- Há milhões de unidades de tempo estou confinado neste lugar. Já fiz parte do tecido de estranhas criaturas como os dinossauros. Já vi muitas coisas estranhas acontecerem. Vocês jovens, só pensam em liberdade. Pois saibam que a vida lá fora é muito difícil, muito perigosa. A qualquer momento um elétron pode ter seu fim decretado pelo choque com outras partículas ou radiações energéticas. Além do mais, a vida de um elétron livre não é permeada de glórias. Não fosse assim , eles não vivam tentando se recombinar.

Enquanto isso, em um condutor, um bando de elétrons também jogam conversa fora.

- Não estou legal hoje. Minha função de onda me diz que a probabilidade de eu estar com vocês aqui neste momento é quase zero. Entretanto eu estou aqui. Deve ser por isso que não estou me sentindo bem.

- Que nada - refuta um colega - Também senti isso quando me apaixonei por um próton em um colisor de partículas. Quase perdi minha carga elétrica por ele.

- É, mas eu não estou apaixonado. Além do mais, não costumo freqüentar esses lugares.

- Por que ? Tem medo das bizarras partículas que por lá aparecem?

- Com certeza! Um amigo meu certa vez deu de cara com um pósitron. Foi aquela explosão de energia. Emitiu um fóton e acabou reencarnando como outro elétron. Nunca mais nos vimos.

Nesse ínterim, um elétron ofegante chega em polvorosa.

- Pessoal! Estamos sendo observados. Estão tentando medir nossa posição e quantidade de movimento.

- Essa turma não aprende mesmo!- exclama o elétron líder do grupo - Todos comigo agora. Vamos usar o plano B. Quando eles tentarem medir nossa posição, todos usam sua natureza ondulatória para confundí-los. Em seguida, todos andam em zigue-zague para impossibilitar a medição da velocidade.

E assim foi feito. Novamente não se conseguiu medir com precisão a posição e velocidade, preservando intacto o princípio da incerteza de Heisenberg. Passado o susto, os elétrons se reúnem novamente para comemorar o sucesso da operação.

- Valeu pessoal! Conseguimos novamente. No entanto, não podemos baixar a retaguarda, pois com certeza eles irão tentar de novo.

Em meio a euforia, com alguns elétrons até emitindo alguns fótons, eis que de repente alguém grita:

- Oh não ! Lá vem um campo elétrico. Seremos arrastados novamente através das camadas de condução.

- Isto não é nada - retruca outro elétron - O pior será quando tivermos que realizar trabalho através da resistência que certamente encontraremos pelo caminho. Já estava até acostumado com essa boa vida.

- Animem-se colegas - grita um terceiro elétron, já sendo arrebatado pelo campo elétrico - Pelo menos estaremos viajando em baixa velocidade e não sentiremos o aumento relativístico de nossas massa com a velocidade, o que certamente nos deixaria ainda mais cansados.

E assim, milhares de milhões de elétrons foram arrastados através do condutor, cumprindo cada um sua missão de promover o curso natural do continuum espaço-tempo.

E na banda proibida, o papo continua.

- Ei ! Quer fazer o favor de sair do meu lugar? Não sabe que não é permitido dois elétrons ocuparem o mesmo nível de energia ao mesmo tempo? Está pensando que é um bóson?

- Tudo bem - desculpa-se o elétron - Mas também não precisa ofender. Conheço o princípio de exclusão de Pauli e sou férmion com muito orgulho. Aliás, odeio aquela turma do spin integral.

- É, mas bem que você gosta de um fotonzinho de vez em quando para ficar mais excitado.

- Ora, é intrínseco da natureza. Mas que eles são metidos, são. Só porque não têm massa e viajam na velocidade da luz se acham os maiorais. Nem noção do tempo eles têm. Esquecem eles que durante a fase de alta energia do universo eles eram mera parte integrante do bóson de Higgs. Já os bósons W+, W- e Z0 da força fraca, os glúons e os gravítons são gente boa. Talvez seja porque a gente não tem nenhum tipo de interação com eles.

- Não sei porque sua implicância com os fótons. Que mal lhe fizeram?

- Pois bem, vou lhe contar - falou o elétron, alinhando seu spin - Certa vez, ao receber um fóton, fiquei tão excitado que acabei tendo um relacionamento íntimo com outro elétron. Logo em seguida, ele foi embora para muito longe. Foi aí que os problemas começaram. Comecei a sentir estranhas sensações. De repente meu spin realinhava sem a minha vontade e estranhas forças se apoderavam de mim. Mais tarde, fiquei sabendo que o elétron com o qual eu me relacionara também sentira as mesmas sensações. Isto durou muito tempo e foi muito ruim. O velho elétron, que é muito sábio, me disse que isso é comum. Que nós elétrons sentimos as mesmas reações que os parceiros com os quais nos relacionamos em algum momento, mesmo que eles estejam bem distantes. Esse mal é conhecido como ação à distância. Dizem que até Einstein se recusava a acreditar nessa coisa fantasmagórica.

Enquanto os elétrons continuam seu colóquio, um enorme campo elétrico surge entre os extremos da estrutura molecular. É tão intenso que tensiona os elétrons em relação ao núcleo. Apavorados, sem saber o que está acontecendo, eles cedem à extrema força do campo elétrico, que arrebata-os.

Estavam finalmente livres!!!

[Física] Declaração dos direitos do físico


Consideramos esses postulados como intuitivamente óbvios, que todo físico(a) nasce igual, em primeira aproximação, e é dotado(a), pelo Criador, de certos privilégios discretos, entre eles, uma vida média de repouso, n graus de liberdade e os seguintes direitos, que são invariantes sob todas as transformações:


I. Aproximar todos os problemas a casos ideais.

II. Usar cálculos de ordem de grandeza sempre que necessários (isto é, sempre que se der bem com eles).

III. Usar o rigoroso método da "acochambração" para resolver problemas mais difíceis que a soma de inteiros reais positivos.

IV. Desprezar todas as funções que divergem considerando-as "detestáveis" e "não-físicas".

V. Invocar o princípio da incerteza sempre que confrontado com matemáticos, químicos, engenheiros, psicólogos, dramaturgos e Andere Schweinhund.

VI. Usar "notações bastardas" onde a matemática convencional não funcionar.

VII. Justificar um raciocínio furado com o argumento de que dá a resposta certa.

VIII. Escolher espertamente condições iniciais convenientes, usando princípio geral da trivialidade.

IX. Usar argumentos plausíveis no lugar de provas e, a partir daí, referir-se a esses argumentos como provas.

X. Considerar ato de fé qualquer princípio que par
eça correto mas não possa ser provado.


(fonte: https://www.fisica.ufc.br/portal/)

Ver também