Onde é que eu fui parar? Aonde é esse aqui? Não dá mais pra voltar Por que eu fiquei tão longe? Longe... Onde é esse lugar? Aonde está você? Não pega celular E a terra está tão longe Longe... Não passa um carro sequer Todo comércio fechou Não tem satélite algum transmitindo notícias de onde eu estou Nenhum e-mail chegou Nem o correio virá E eu entre quatro paredes sem porta ou janela pro tempo passar Dizem que a vida é assim Cinco sentidos em mim Dentro de um corpo fechado no vácuo de um quarto no espaço sem fim Aonde está você? Por que é que você foi? Não quero te esquecer Mas já fiquei tão longe Longe... Não dá mais pra voltar E eu nem me despedi Onde é que eu vim parar? Por que eu fiquei tão longe? Longe, longe, longe, longe Longe, longe, longe Seis, cinco, quatro, três, dois, um.
Eu ouvi dizer que você está estabilizado Que você encontrou uma garota e está casado agora Eu ouvi dizer que os seus sonhos se realizaram Acho que ela lhe deu coisas que eu não dei
Velho amigo, por que você está tão tímido? Não é do seu feitio se refrear ou se esconder da luz Eu odeio aparecer do nada sem ser convidada Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar
Eu tinha esperança de que você veria meu rosto E que você se lembraria De que pra mim não acabou
Deixe para lá, eu vou achar alguém como você Não desejo nada além do melhor para vocês dois Não se esqueça de mim, eu imploro Vou lembrar de você dizer: "Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere"
Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere, é
Você saberia como o tempo voa Ontem foi o momento de nossas vidas Nós nascemos e fomos criados numa neblina de verão Unidos pela surpresa dos nossos dias de glória
Eu odeio aparecer do nada sem ser convidada Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar Eu esperava que você veria meu rosto E que você se lembraria De que pra mim não acabou
Deixe para lá, eu vou achar alguém como você Não desejo nada além do melhor para vocês dois Não se esqueça de mim, eu imploro Vou lembrar de você dizer: "Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere"
Nada se compara, nenhuma preocupação ou cuidado Arrependimentos e erros, são feitos de memórias Quem poderia ter adivinhado o gosto amargo Que isso teria?
Deixe para lá, eu vou achar alguém como você Não desejo nada além do melhor para você Não se esqueça de mim, eu imploro Vou lembrar de você dizer: "Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere"
Deixe para lá, eu vou achar alguém como você Não desejo nada além do melhor para vocês dois Não se esqueça de mim, eu imploro Vou lembrar de você dizer: "Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere"
Por sóis, por belos sóis alvissareiros, Nos troféus do teu Sonho irás cantando, As púrpuras romanas arrastando, Engrinaldado de imortais loureiros. Nobre guerreiro audaz entre os guerreiros, Das Idéias as lanças sopesando, Verás, a pouco e pouco, desfilando Todos os teus desejos condoreiros... Imaculado, sobre o lodo imundo, Há de subir, com as vivas castidades, Das tuas glórias o clarão profundo. Há de subir, além de eternidades, Diante do torvo crocitar do mundo, Para o branco Sacrário das Saudades!
Demora tanto, demora tanto pra crescer Pra depois de uma hora pra outra morrer Tem que mamar, tem que comer e beber Deixar vir e ir sofrimento e prazer
Não há o que lamentar Quando chega o fim do dia
Um cara que anda tem que chegar em algum lugar Um cara que trabalhatrabalha trabalha deve se cansar O cara estuda tanto e ainda tem tanto pra aprender Passa o tempo e fica mais fácil esquecer
Não há o que lamentar Quando chega o fim do dia
Não há o que lamentar quando chega o fim do dia Se despede da sua dor Diz adeus à sua alegria
Dormes... Mas que sussurro a umedecida Terra desperta? Que rumor enleva As estrelas, que no alto a Noite leva Presas, luzindo, à túnica estendida?
São meus versos! Palpita a minha vida Neles, falenas que a saudade eleva De meu seio, e que vão, rompendo a treva, Encher teus sonhos, pomba adormecida!
Dormes, com os seios nus, no travesseiro Solto o cabelo negro... e ei-los, correndo, Doudejantes, sutis, teu corpo inteiro
Beijam-te a boca tépida e macia, Sobem, descem, teu hálito sorvendo Por que surge tão cedo a luz do dia?!
Ó noite onde as estrelas mentem luz, ó noite, única coisa do tamanho do universo, torna-me, corpo e alma, parte do teu corpo, que eu me perca em ser mera treva e me torne noite também, sem sonhos que sejam estrelas em mim, nem sol esperado que ilumine do futuro.
O deserto que atravessei Ninguém me viu passar Estranha e só Nem pude ver que o céu é maior Tentei dizer Mas vi você Tão longe de chegar Mais perto de algum lugar
É deserto onde eu te encontrei Você me viu passar Correndo só Nem pude ver que o tempo é maior
Olhei pra mim Me vi assim Tão perto de chegar Onde você não está
No silêncio uma catedral Um templo em mim Onde eu possa ser imortal Mas vai existir Eu sei, vai ter que existir Vai resistir nosso lugar
Solidão, quem pode evitar? Te encontro enfim Meu coração é secular Sonha e desagua dentro de mim Amanhã, devagar Me diz como voltar
(...)
Se eu disser que foi por amor Não vou mentir pra mim Se eu disser deixa pra depois Não foi sempre assim
Tentei dizer Mas vi você Tão longe de chegar Mais perto de algum lugar